Desenho feito pela aluna Natielle Silva do 7°ano B da E.E. Prof. Hilda Rocha de Sousa, São Félix do Araguaia-MT, aula de Geografia da Prof. Vera Suzana Milhomem.
Explicar a um amigo o melhor caminho para chegar a um determinado endereço, para muita gente, não é nada fácil. Tentar desenhar isso em um papel, então, nem se fala. Até mesmo recorrer a um mapa no qual as ruas estão simbolizadas pode ser complicado para algumas pessoas. Isso acontece com quem não foi estimulado a desenvolver a linguagem gráfica. Na escola, os desenhos normalmente são mais valorizados nas aulas de Artes, como forma de expressão. Nesse tipo de trabalho, no entanto, as crianças deixam claras as primeiras noções de localização e proporção, que não são consideradas. E aí está uma falha apontada por estudiosos da Geografia.
"Ao desenhar, a criança e o jovem representam seu modo de pensar o espaço", afirma Rosângela Doin de Almeida, professora da Universidade Estadual Paulista em Rio Claro (SP). E continua: "O desenho de uma criança não é só a cópia de objetos, mas a interpretação do real. O mapa também é o recorte de uma realidade". Alunos que são incentivados a desenhar desenvolvem referência e orientação espacial, requisitos fundamentais para o entendimento de mapas.