Objetivos
- Aprofundar a noção de escala e relacioná-la com o nível de detalhamento possível de um mapa.
Conteúdos
- Escala cartográfica e escala geográfica.
- Generalização cartográfica.
- Legenda.
- Linguagem cartográfica.
Ano
Tempo estimado
12 aulas.
Material necessário
Mapa mural qualquer, como o político brasileiro, atlas geográficos, papel sulfite e cartolinas. TextoDa Impossibilidade de se Construir a Carta do Império em Escala Um Por Um, de Humberto Eco.
Para alunos com deficiência intelectual
Alunos com deficiência intelectual costumam ter dificuldades de orientação temporal e espacial. Por isso, antecipe as etapas da sequência para este aluno e proponha exercícios para que ele aprenda a interpretar alguns mapas. Faça com que trace “caminhos” no mapa entre um lugar e outro (de São Paulo até a Bahia, por exemplo) e mostre a diferença de escala em diferentes mapas. Estímulos visuais, como a atividade com a janela de papel sobre o mapa, ajudam na aprendizagem do aluno. O trabalho em pequenos grupos também pode ser útil nas atividades de discussão e de preenchimento dos quadros. É importante que o aluno consiga compreender que há uma relação entre a representação pela escala cartográfica e a escala geográfica, mesmo que não consiga estabelecer relações de proporção mais detalhadas. Amplie o tempo de realização das atividades e conte sempre com o apoio do profissional responsável pelo AEE no contraturno.
1ª etapa
Retome com a turma o conceito de escala cartográfica. Discuta o que deve ser feito para calculá-la, usando como exemplo a do mapa mural.
Discuta o fato de que, na maior parte dos mapas, a escala cartográfica indica a redução linear e não a redução da área abrangida. Isso significa que a redução é ao quadrado (lado x lado). Por exemplo, se a escala indica que uma unidade no mapa corresponde a mil unidades no terreno, isso significa que a área representada no mapa foi reduzida mil vezes ao quadrado, isto é, ela é 1 milhão de vezes menor. É importante que todos compreendam que houve uma grande redução da área e que, ao fazer um mapa, é necessário escolher adequadamente a relação da escala cartográfica para incluir todos os detalhes desejados.
Organize uma leitura coletiva do texto de Eco e discuta a escala sob o ângulo da literatura, no qual um mapa do império em tamanho real consiste na hipérbole perfeita para falar do sentido da escala.
Distribua para cada estudante um atlas geográfico e peça que recortem uma janela de 5 por 5 centímetros no centro de uma folha - ela vai delimitar trechos dos mapas e facilitar a observação dos detalhes. Oriente a observação do planisfério político com a janela. Ao deslocá-la sob diferentes trechos, peça que observem os detalhes. Depois, que observem o mapa da América e verifiquem que países ficam de fora se o Brasil estiver centralizado na janela. Repita a observação com o mapa político da América do Sul e oriente-os a centralizar o Brasil. Em seguida, peça que usem a janela para ver detalhes do mapa do nosso país.
Questione-os sobre o que ocorreu durante a observação das diversas áreas com a janela. Anote as respostas em um cartaz. Depois, ajude os alunos a encontrar o mapa da região brasileira onde moram e posicionar o estado correspondente no centro da janela. Se o estado não couber no quadro, localize o município onde vivem ou o município mais próximo. Questione o que ocorreu em relação às observações anteriores. É esperado que a garotada diga que o tamanho da janela é o mesmo, mas cada vez foi incluída uma área menor e com mais detalhes. Essa noção é fundamental para que os alunos compreendam a relação da escala geográfica com a cartográfica.
Para sistematizar o que foi observado, solicite que os alunos retomem a sequência de mapas e completem o quadro individualmente. Lembre-os da importância de observar a escala cartográfica de cada um deles. O registro dos detalhes também tem de contar com o auxílio da legenda, que informa com precisão o tipo de detalhe observado.
Socialize as respostas e organize mais um cartaz. Pergunte por que a área incluída na janela variou de um mapa para outro, sendo que ela não mudou de tamanho. Em que mapas foi possível observar mais detalhes? De que maneira a escala interfere naquilo que é representado no mapa? Por que é importante levar em consideração a escala geográfica para fazer a interpretação de mapas?
Avaliação
Analise as respostas dadas pelos estudantes para as questões da etapa anterior, avaliando se além de trabalhar com diferentes escalas eles conseguem interpretá-las. Peça que expliquem a relação entre a escala cartográfica e a geográfica. Sugira que utilizem os mapas para apoiar as falas. É esperado que eles demonstrem que, quanto maior a escala geográfica (maior a área do terreno a ser representada), menor a escala cartográfica (maior a redução necessária) para que ele caiba em um espaço determinado.
Rosângela Doin de Almeida
Livre-docente em Prática do Ensino de Geografia pela Unesp.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/variacao-escala-mapas-636169.shtml
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