quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Terceira Revolução: cientistas defendem convergência científica


Com informações do MIT - 24/01/2011.  Um novo modelo para a pesquisa científica, batizado de "convergência", tem potencial para permitir avanços revolucionários na biomedicina e em outras áreas da ciência.
A proposta foi defendida por um grupo de 12 pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, durante um fórum organizado pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).

O poder da convergência
Segundo os pesquisadores, a tendência da convergência - que envolve a fusão das ciências da vida, física e engenharia - pode promover as inovações necessárias para atender, por exemplo, à crescente demanda por cuidados de saúde acessíveis, com preços acessíveis.
"A convergência é um repensar amplo na forma como toda a investigação científica pode ser realizada, para que possamos capitalizar uma série de bases de conhecimento, da microbiologia à informática, passando pelos projetos de engenharia," afirmou Phillip Sharp, Nobel de Biologia em 1993 e um dos autores do relatório.
"Ela envolve a colaboração entre grupos de pesquisa, mas, mais profundamente, a integração das abordagens disciplinares que eram originalmente vistas como separadas e distintas. Esta fusão de tecnologias, processos e dispositivos em um todo unificado irá criar novos caminhos e novas oportunidades para o avanço científico e tecnológico," disse Sharp.

Terceira Revolução
Sharp e os outros autores do artigo afirmam que a convergência tem potencial para criar uma "Terceira Revolução" na área da biomedicina, que poderá ser tão profunda quanto as duas revoluções das ciências da vida que a precederam: as descobertas que acompanharam o desenvolvimento da biologia molecular e celular, e o sequenciamento do genoma humano, que tornou possível identificar as bases genéticas de muitas doenças.
A convergência também fornece as bases para lidar com os desafios médicos e de saúde do futuro, que só irão aumentar com a maior longevidade da população, quando doenças como o Alzheimer irão se tornar mais prevalentes.
O relatório, "A Terceira Revolução: A Convergência das Ciências da Vida, Ciências Físicas e Engenharia", destaca o impacto que a convergência já está tendo em vários campos.
Assim como os avanços na tecnologia da informação, de materiais, imagens, nanotecnologia e áreas afins - juntamente com os avanços em modelagem computacional e simulações- transformaram as ciências físicas, da mesma forma eles estão começando a transformar as ciências da vida.


Os cientistas afirmam que a convergência tem potencial para gerar uma "Terceira Revolução" na área da biomedicina, que poderá ser tão profunda quanto as duas revoluções das ciências da vida que a precederam.
[Imagem: Sharp et al./MIT]
O resultado são novos campos de pesquisas relacionados à biologia, tais como a bioengenharia, biologia computacional, biologia sintética e engenharia de tecidos.
Ao mesmo tempo, modelos biológicos, voltados ao entendimento de sistemas auto-organizados complexos, já estão transformando a engenharia e as ciências físicas, tornando possíveis avanços na área de biocombustíveis, alimentos, automontagem viral e muito mais.
Cientistas da convergência
O relatório dá uma ênfase especial à biomedicina, um campo que já está sendo transformado pela convergência.
Por exemplo, os cientistas estão usando nanopartículas para transportar e liberar drogas anticâncer diretamente nas células cancerosas, para desenvolver medicamentos que combatem doenças sem danificar os tecidos e as células saudáveis, e para melhorar os modelos preditivos das doenças.
O relatório afirma que o sucesso do modelo de convergência depende de um apoio financeiro adequado e de incentivos a pesquisas que cruzam as fronteiras das áreas tradicionais de pesquisa.
Entre outras recomendações do relatório estão o estabelecimento de um "ecossistema de convergência", que poderia criar conexões entre as agências de financiamento, a reforma do processo de revisão por pares para dar apoio a financiamentos interdisciplinares, e a formação e apoio a uma nova geração de cientistas da convergência.

Bibliografia:

The Third Revolution: The Convergence of the Life Sciences, Physical Sciences and Engineering
Phillip A. Sharp, Charles L. Cooney, Marc A. Kastner, Jacqueline Lees, Ram Sasisekharan, Michael B. Yaffe, Sangeeta N. Bhatia, Tyler E. Jacks, Douglas A. Lauffenburger, Robert Langer, Paula T. Hammond, Mriganka Sur
January 2011



segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Semana Pedagógica ( Roseli Brito)



De fato o ano letivo começa quando inicia a  Semana Pedagógica dentro da Escola. Infelizmente muitas não sabem verdadeiramente o que fazer na Semana Pedagógica e outras utilizam este precioso tempo apenas para ficar discutindo longos  textos, realizando dinâmicas de motivação, um oba-oba que não acrescenta nada de concreto ao trabalho que deverá ser realizado ao longo do ano.
Mas, o que é a Semana Pedagógica ? Porque ela é importante? Por que a Escola DEVE realizá-la ? Objetivamente falando a Semana Pedagógica é um momento de analisar o que deu e o que não deu certo, ajustar e corrigir o rumo do que deu errado, planejar novas ações para fazer mais do certo e menos do errado, implementar as ações, ou popularmente falando: arregaçar as mangas e fazer acontecer.
Geralmente esta Semana Pedagógica ocorre no mês de Janeiro, logo que os Professores retornam do recesso. Em algumas Escolas ocorrem em 5 dias, outras em 7 a 10 dias. O fato é: não importa se você tem mais ou menos tempo, o que importa é que há assuntos ou temas   importantes que não podem deixar de ser discutidos nesse  período.
Pauta/Temas da Semana Pedagógica:
. Integração dos Professores novos com todos membros da Equipe (Apoio, Administrativo, etc), bem como o esclarecimento das metas  da escola a serem atingidas nesse novo ano
. Análise dos dados do ano anterior (aprovação/reprovação/por sala/turma (índices: ex.IDEB)
. Ajustes no PPP com avaliação e monitoramento  das metas estabelecidas
. Desafios enfrentados no ano anterior, com definição de  ações /soluções para o novo ano que se inicia
. Calendário escolar e estabelecimento da rotina escolar
. Passagem da turma para o novo Professor  (informar as necessidades a serem trabalhadas e progressos já alcançados)
. Planejamento Geral (Plano de Ensino/Projetos/Reforço/Alunos com NEE/Avaliação)
. Formação Continuada: como ela ocorrerá durante o ano
. Avaliação Institucional e da Equipe: informar como ela ocorrerá
Materiais necessários:
. Quadros com índices de aproveitamento por sala/turma
. Quadro de Horário das Aulas
. Calendário Escolar
. Cópias do PPP
. Proposta curricular
. Planos de Ensino
Lembre-se a Semana Pedagógica começa no início do ano letivo, porém só termina quando o ano letivo se encerra. Encare da seguinte forma, o PPP é a bússola que norteará todo o trabalho desenvolvido no ano, e a Semana Pedagógica fornece o grande “itinerário”, dessa jornada.
Por esta razão é de extrema importância logo no início do ano mostrar a toda a Equipe, o resultado, em números, do trabalho que eles estão desempenhando na Escola. Só assim ficará claro que se os resultados apresentados ainda não estão satisfatórios, significa que a Equipe terá que fazer melhor neste novo ano, ou seja, fazer diferente do que estão fazendo até então, e para isso será necessário implantar novas ações, dar importância a capacitação que deve ser constante e  fazer parte da  rotina da Escola.
Caberá ao Coordenador, juntamente com os demais envolvidos na Equipe Estratégica (Diretor, Vice, Supervisor) elaborar um Programa de Educação Continuada para todos os membros da Equipe, pois é a capacitação dos envolvidos que garantirá  que as metas estabelecidas no PPP e compartilhadas na Semana Pedagógica  sejam alcançadas.
A Semana Pedagógica tem seus objetivos atingidos quando todos saem dela sabendo que a “sua” parte compõe o “todo”, e que se  esse “todo”  está “doente”  e caminha de modo ineficiente, então cada um deverá mudar. Ficar do mesmo tamanho também já não será mais uma opção, todos deverão  crescer, aprimorar-se, fazer o melhor e sair em busca de mais.
Agora você decide: ou fica do mesmo jeito e  continua contribuindo para deixar a Escola “doente”, ou aceita o desafio de mudar e trazer a “cura”.
Então, o que vai ser ?